segunda-feira, 22 de março de 2010

DERROTANDO O GIGANTE DA INCREDULIDADE

Em Dt 1.19-22, vemos que a ordem de enviar espias foi dada em resposta à exigência do povo. O plano de Deus era que o povo, nesta questão, confiasse nEle, mas, vendo a fraqueza da sua fé, permitiu que fizessem o que desejavam.

"Fostes rebeldes ao mandado do Senhor" (Dt 1.26) - O povo de Israel deveria ter entrado na terra prometida trinta e nove anos antes (Dt 1.2,3), mas por causa da sua INCREDULIDADE e recusa em fazer a vontade de Deus, sua entrada foi protelada (Nm 14.33,34). Jovem, quando deixamos de viver a vontade de Deus e andar segundo o Espírito (Rm 8.12-15; Gl 5.16), o resultado pode ser o atraso do plano de Deus para a nossa vida ou, até mesmo, a anulação total desse plano. Por isso, devemos ter um santo receio e inquietação quanto a estar fora da vontade do Senhor e de ser privado da Sua presença, graça e proteção em nossa vida.

"E enviou-os Moisés" (Nm 13.3) - Moisés envia doze homens, um de cada tribo de Israel, para espiar a terra de Canaã. Passados quarenta dias, os doze espias voltaram para relatar a Moisés e a toda congregação, tudo o que viram.

"Infamaram a terra" (Nm 13.3) - A INCREDULIDADE dos dez dos doze espias tinha duas dimensões:
1) A fidelidade que Deus sempre demonstrara ao Seu povo não foi o suficiente para levar esses dez homens a terem um relacionamento de lealdade com Ele, e
2) Não confiavam em Deus, nem nas Suas promessas a respeito do futuro deles (Gn 15.18; 17.8; Êx 33.2).
A falta de fé deles contrastava nitidamente com a fé que os outros dois dos doze espias (Josué e Calebe) manifestaram.

"Levantemos um capitão e voltemos ao Egito" (Nm 14.4) - Este foi o efeito que o relatório dos dez espias incrédulos teve sobre o povo. Eles intentaram voltar para o Egito. Ao invés de avançar, eles queriam recuar.

"Josué... e Calebe" (Nm 14.6) - Tanto Josué como Calebe resistiram à opinião majoritária dos espias incrédulos (Nm 13.25-33). Tendo como base do seu relatório um firme compromisso com Deus e a plena confiança nas Suas promessas a Israel, eles recusaram a admitir a decisão, por maioria esmagadora, do povo de Deus, mesmo arriscando suas próprias vidas com essa recusa (Nm 14.6-10). Jovem, esse evento crucial, na viagem de Israel no deserto, ensina-nos que não devemos admitir que a opinião da maioria, até mesmo da Igreja, esteja sempre certa. Os crentes fiéis devem estar dispostos a ficarem firmes à base da Palavra de Deus, mesmo se a maioria estiver contra eles (2 Co 5.7).

"Até quando me não crerão?" (Nm 14.11) - No âmago da rebeldia de Israel estava a INCREDULIDADE oriunda do seu esquecimento da fidelidade de Deus no passado, de não confiar nEle como Seu Senhor e da não aceitação literal das Suas promessas. Observando o modo de pensar dos dez espias incrédulos e do povo, vemos que os israelitas não confiavam mais no Senhor em todas as circunstâncias. Jovem, crer em Deus importa em aceitar tudo quanto Ele disser como a verdade e agir de acordo com isso, confiar inteiramente nas Suas promessas, andar nos Seus caminhos e amá-Lo de todo o coração e de toda alma (Dt 10.12). A presença da fé faz-nos aceitos por Deus e considerados justos diante dEle (Gn 15.6); já a ausência da fé nos condena (Jo 3.36).

Jovem, não siga o exemplo da maioria incrédula do povo de Israel, que se preocupou com os homens de grande estatura, ou gigantes. Devemos nos preocupar com a INCREDULIDADE e a FALTA DE CONFIANÇA no Senhor. Estes são os dois gigantes que nós temos que derrotar.

Que Deus nos abençoe!

Pr. Gabriel N. da Silva