terça-feira, 23 de março de 2010

HARPAS PENDURADAS

"Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estranha?" (Sl 137.1-4)

A atitude do salmista e seus companheiros é perfeitamente normal. O momento que eles estavam vivendo era de tamanha tristeza, pois a cidade de Jerusalém havia sido destruída e todo o seu povo levado para o cativeiro. Sim, é perfeitamente normal que eles tenham pendurado as suas harpas e se recusassem a cantar. Certamente, não havia nenhum motivo aparente de alegria, nada que os motivasse a isso.

Quantas vezes os problemas que enfrentamos, e as situações que nos envolvem são tão difíceis, que nos levam a fazer a mesma coisa? "Penduramos" as nossas harpas, pois não queremos ouvir as canções que os outros cantam, que dirá abrir a nossa própria boca para cantar. Ficamos, então, completamente tomados pela tristeza.

Completamente diferente foi a atitude de Paulo e Silas, que injustamente foram lançados em uma prisão (At 16.19-40). Não estavam num cativeiro, em consequência dos seus próprios pecados, como o povo de Israel. Estavam ali, por terem ajudado uma mulher, libertando-a de um espírito maligno. Por conta disso, é que eles foram açoitados e colocados a ferro.

Eles também não tinham, aparentemente, nenhum motivo para cantar, mas cantaram. E não somente cantaram, mas louvaram a Deus com tanta intensidade, que todos os prisioneiros ouviam o que eles declaravam em suas canções. O resultado dessa adoração em um momento tão difícil foi que as cadeias caíram de suas mãos e o carcereiro foi salvo.

Jovem, quantas coisas maravilhosas poderiam acontecer se, nos momentos de crise e dificuldade, nos determinássemos a continuar louvando a Deus, ao invés de pendurarmos as nossas harpas? Independente das circunstâncias ou situações, adore ao Senhor!

Que Deus nos abençoe!

Pr. Gabriel N. da Silva

(Este texto foi baseado em uma pastoral do Pr. Alvaro Trindade, publicada no Boletim Informativo da Vigília de Bento Ribeiro - Clube Bíblico, em 01 de setembro de 1995)



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